Cresce ameaça de cheias
As cheias costeiras poderão ameaçar mais 2,5 milhões de pessoas por ano a partir de 2080, segundo um relatório das Nações Unidas divulgado pela agência Reuters que alerta para as consequências negativas das alterações climáticas na Europa do Sul.
O relatório preliminar do Grupo de Trabalho II do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla inglesa) projecta os impactos regionais do aquecimento global (…).
O documento, citado pela Reuters, indica que na Europa do Sul "as alterações climáticas vão ter impactos negativos, aumentando os riscos para a saúde, devido à maior frequência de ondas de calor, diminuindo a disponibilidade de água e de energia hidroeléctrica, ameaçando as culturas agrícolas e agravando os incêndios".
Na Europa do Norte poderá haver, contudo, consequências benéficas, como menos frio, melhoria das colheitas, aumento da produtividade das florestas e das pescas e maior potencial hidroeléctrico. (…)
Na Ásia, o derretimento dos glaciares dos Himalaias deverá provocar mais cheias e avalanches e pôr em risco os recursos hídricos. (…)
A subida prevista da temperatura e alterações no regime de chuvas vão piorar a produtividade agrícola "o que aumentará os riscos de fome, especialmente nos países em desenvolvimento".
Para África, antecipa-se um crescimento brutal da quantidade de pessoas afectadas pela escassez de água, devido às secas e à procura crescente de água. (…)
A subida do nível do mar vai ameaçar grandes cidades.Os recifes de corais e os mangais entrarão cada vez mais em declínio e poderá haver uma redução de pescas nos grandes lagos, prevê o painel científico.
Fonte: Adaptado de Lusa em http://sic.sapo.pt/online/noticias/vida/clima2080.htm