Espécies Introduzidas em Portugal
Nome Comum: Acácia mimosa
Classificação científica
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Fabales
Família: Fabaceae
Subfamília: Mimosoideae
Género: Acacia
Espécie: A. Podalyraefolia
Nomenclatura binomial: Acacia podalyraefolia
Origem Geográfica: Sudeste da Austrália, Tasmânia.
Forma de Introdução: Introdução para fins ornamentais. Cultivada (no passado) como espécie florestal e para fixação dos solos.
Impacto no Ambiente: É provavelmente a espécie invasora mais agressiva em sistemas terrestres em Portugal Continental. Rebenta vigorosamente de touca e raiz sendo também uma produtora de sementes cuja germinação é estimulada pelo fogo. Forma povoamentos muito densos que impedem o desenvolvimento da vegetação nativa, diminuem o fluxo dos cursos de água e aumentam a erosão. É uma espécie fixadora de azoto, aumentando o conteúdo deste elemento no solo. Invade principalmente depois de incêndios. Alguns estudos indicam que tem efeitos alelópaticos(1) que impedem o desenvolvimento de outras espécies.
Medidas de Combate:
- Combate Físico:
- Plântulas e indivíduos jovens podem ser arrancados mas é importante que não fiquem raízes no solo. O arranque dever ser efectuado na época das chuvas de forma a libertar mais facilmente as raízes.
- Para indivíduos adultos resulta, em algumas situações, o descasque desde cerca de 70-100cm até ao solo ou a extracção de um anel de casca de 3-4cm de espessura. Nestas metodologias é importante que não permaneça nenhuma porção de câmbio vascular, em toda a circunferência desde o corte até ao solo, a partir do qual a árvore consegue refazer a casca e sobreviver. O descasque deve ser realizado numa época em que as condições sejam favoráveis ao crescimento de forma a que o câmbio vascular esteja a produzir células activamente e portanto seja mais fácil o descasque da casca. É também importante que não permaneçam árvores “saudáveis”, não controladas, nas proximidades pois há a possibilidade de contacto entre as raízes facilitando a sobrevivência das árvores descascadas.
- Combate Físico + Químico:
- Cortar tão rente ao solo quanto possível e pincelagem imediata da touça com herbicida ou glifosato.
- Se houver rebentamento, os rebentos devem ser eliminados quando atingirem 15 a 30 cm de altura através de corte ou arranque ou alternativamente pulverizando as folhas com glifosato diluído em água a 2%.
A aplicação deve ser realizada com equipamentos de segurança, sem vazamentos, e em dias sem vento para evitar impactos paralelos sobre espécies não alvo, solo ou água.
- Controlo biológico:
- O agente de controlo biológico Melanterius maculatus Lea (Curculionidae) foi libertado na África do Sul para destruição das sementes. Este agente ainda não foi testado em Portugal, de forma a verificar a sua segurança relativamente às espécies nativas, pelo que a sua utilização ainda não constitui uma alternativa no nosso país.
NOTA: É essencial assegurar o controlo de seguimento após o controlo inicial, para remoção de rebentos de touça e de raiz e arranque de plântulas jovens. Descuidar o controlo de seguimento pode resultar na rápida reinvasão da área. A persistência é fundamental até que não sejam observados mais rebentamentos.
1- Alelópatia- capacidade de as plantas, superiores ou inferiores, produzirem substâncias químicas que, liberadas no ambiente de outras, influenciam de forma favorável ou desfavorável o seu desenvolvimento.
Adaptado de:
pt.wikipedia.org/wiki/Alelopatia