Bio/Geo City Blog

terça-feira, novembro 28, 2006

Identificadas células estaminais causadoras do cancro do cólon

“Investigadores canadianos concluíram que o cancro colo-rectal é causado por um pequeno número de células estaminais, o que, a confirmar-se, permitirá encontrar tratamentos mais eficazes. Num estudo publicado (…), John Dick, (…), afirma que a sua equipa descobriu "provas sólidas" do papel de um número limitado de células estaminais no desenvolvimento da doença.
A descoberta, segundo o investigador, poderá abrir caminho a tratamentos orientados directamente para essas células. "As ervas daninhas só desaparecem se forem arrancadas pela raiz, caso contrário voltam acrescer", explicou John Dick. Este é o quarto tipo de cancro em que são identificadas células estaminais responsáveis pela doença, depois da leucemia e dos cancros da mama e do cérebro.O cancro colo-rectal é particularmente perigoso por se desenvolver durante muito tempo sem se revelar e muitas vezes só é diagnosticado numa fase avançada . Por esse motivo, metade dos pacientes que o contraem não sobrevive, sendo o segundo cancro mais frequente nos países industrializados.A equipa de investigadores injectou amostras de células cancerosas em ratos e apercebeu-se de que o tumor só progredia quando as amostras continham células estaminais. "Descobrimos que as células cancerosas não são todas igualmente capazes de manter o cancro no cólon", afirmou Dick, acrescentando que, neste caso, só uma em 57.000 células cancerosas é estaminal.”
Por John Dick em www.cienciahoje.pt a 21-11-2006

Primeiro êxito da terapia genética numa doença grave de pele


Para Laurence Tiennot-Herment já se passou da genética aos ensaios

“Um paciente que sofria de uma grave doença genética da pele, traduzida por uma ausência de aderência entre a epiderme e a derme, epidermólise bolhosa juncional, foi tratado, pela primeira vez, em Itália, por terapia genética. (…)
As diferentes formas de epidermolise bolhosa, que afectam 500.000 pessoas em todo o mundo, são um grupo de patologias raras e hereditárias durante as quais bolhas se formam à superfície da pele e das mucosas, espontaneamente ou depois de arranhadelas mínimas. (…) Uma equipa de investigadores norte-americanos, (…), conseguiu reconstituir, neste paciente, uma epiderme que adere à derme, ao nível de duas feridas crónicas situadas nas coxas. Nesta fase, os investigadores não tentaram fazer uma experiência numa maior superfície da pele.Na forma da doença de que sofria o paciente, a não aderência entre estas duas camadas da pele é devida a uma deficiência da laminina 5, uma proteína que, organizada numa rede de malhas finas, permite a adesão dos queratinócitos - constituintes da camadas superficial da pele - à membrana basal da célula que as produz. (…)Um transplante de células estaminais embrionárias da pele tratadas por terapia genética permitiu reconstituir uma epiderme funcional que se renovou durante um ano. (…)(…) Esta técnica poderá permitir também tratar outras patologias da pele.(…)A presidente da AFM, Laurence Tiennot-Herment, sublinhou que se "passou da era da genética para a dos primeiros ensaios no homem", precisando que se conhecem agora mais de 2.200 genes que estão na origem de doenças "800 das quais foram identificadas ou localizadas pelo Génethon".”

Por: Associação Francesa Contras as Miopatias em
www.cienciahoje.pt a 21-11-2006

segunda-feira, novembro 06, 2006

Inseminação Artificial Pode Originar Mudanças Genéticas


Estudo espanhol introduz bactérias no ADN de ratinhos

Crianças concebidas por um método de inseminação artificial poderiam transportar bactérias nos seus cromossomas, segundo um estudo da INIA, Instituto Nacional de Investigación Agropecuaria espanhola.

No estudo (…), o sémen de ratinhos foi misturado com bactérias E. Choli para verificar se aconteceria algum tipo de mudança genética. Em seguida, o esperma foi introduzido em óvulos de ratinhos e foi verificado que alguns dos embriões resultantes dessa fertilização continham, de facto, um gene da E.coli.
Na investigação, os cientistas queriam descobrir se o ICSI (injecção intracitoplasmática de espermatozóide) poderia ser útil para a produção de animais geneticamente modificados. A partir da pesquisa inicial, os especialistas tiveram a curiosidade de saber se os cromossomas de crianças concebidas por meio de ICSI poderiam ter sido acidentalmente contaminados, caso a amostra de esperma utilizada tivesse sido contaminada por uma bactéria. Para chegar às conclusões publicadas, o estudo utilizou concentrações altas de bactérias que normalmente poderiam ser detectadas ao microscópio por técnicos de inseminação artificial.
Para os especialistas, no entanto, os resultados da experiência são apenas teóricos, uma vez que, na prática, não existem registos de quaisquer problemas provocados pelos processos descritos.
MNI-Médicos Na Internet

Por MNI-Médicos Na Internet in
http://www.mni.pt/destaques/?cod=7732&cor=azul a 3 de Janeiro de 2006